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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O universo está te esperando



"Às vezes me pergunto como pôde ter acontecido de eu ter sido o único a desenvolver a Teoria da Relatividade. A razão, creio eu, é que um adulto normal nunca pára para pensar sobre problemas de espaço e tempo. Isso são coisas que ele pensou quando criança. Mas o meu desenvolvimento intelectual foi retardado, motivo pelo qual comecei a questionar sobre o espaço e tempo somente quando já era adulto. Naturalmente, pude ir muito mais fundo no problema do que uma criança com suas habilidades normais." Albert Einstein


As pessoas são extremamente diferentes umas das outras, e o mais difícil é conviver em sociedade quando esses extremos se chocam, porque as pessoas insistem em ser o que elas são e não o que queremos que elas sejam. Pensei sobre isso agora, quando li essa frase de Einstein sobre a grandeza que foi ele ter tido um desenvolvimento intelectual retardado e poder viver um conflito infantil o qual começou a questionar sobre o espaço e tempo quando era adulto, sendo que um adulto normal não pensaria sobre esses "problemas". Naturalmente, ele pôde ir muito mais fundo no problema que uma criança com suas habilidades normais.


Todos que fogem dos padrões "normais" de pessoas, sempre são criticados por essa ou aquela atitude e infelizmente para agradar, acabam abafando suas qualidades ou defeitos e assim sendo indiferentes, podem deixar de lado uma grande contribuição intelectual para o mundo, como é o caso de Einstein. Quem sabe, não é por fatores sentimentais e emocionais que não aproveitamos todo potencial que nosso cérebro possui? A psicossomática está aí, GRITANDO! Existe um livro excelente da Dra Alice Miller, doutora em psicologia, sociologia e filosofia, que é o "O Drama da Criança Bem Dotada", que refere-se a todos nós e expõe como somos desviados desde a infância de nossa natureza sensível por um processo educativo caduco, alienante e repressivo. Na verdade, para ela nascemos com essa sensibilidade e com a possibilidade de uma vida emocional equilibrada, mas, somos obrigados e manipulados - consciente ou inconscientemente - para satisfazer exigências explícitas de nossos pais e educadores e, assim, nos sentir merecedores desse amor. Miller ressalta: “não podemos mudar em nada nosso passado, não podemos desfazer os males que nos foram imputados na infância. Mas, podemos nos mudar, ‘consertar’, reconquistar nossa integridade perdida”. Portanto, o objetivo da terapia não é tentar corrigir ou manipular o drama do paciente, e sim possibilitar-lhe a oportunidade de confronto emocional e diálogo interno dessa história infantil, libertando-se através do luto.

Ninguém tem que ter medo de ser o que se é para agradar. Esse é um fato comum e gritante na adolescência. Abolir o medo, ser quem você é, é respeitar a si mesmo, é amar-se. Conflitos, sofrimentos, reflexões são trabalhos constantes que os seres humanos estão aptos a superar. Não está na moda da auto-suficiência mas é a realidade. Os heróis são aqueles que conseguiram vencer a dor no estômago, aceitaram-se e foram até o fim não se importando com críticas, com a solidão muitas vezes presente, mas enfrentaram o desânimo e buscaram estímulo naquilo que lhes trazia paz. (Música).Todo o Universo espera por você! "Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito..." Shakespeare, Hamlet, Ato2, Cena 2 " Hamlet talvez quisesse dizer que, embora nós, seres humanos, sejamos muito limitados fisicamente, nossas mentes estão livres para explorar todo o universo e para avançar audaciosamente para onde até mesmo Jornada nas estrelas teme seguir - se os maus sonhos permitirem".


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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Hotel Ruanda


Filme sensacional e sensível que mostra muito bem os conflitos raciais internos da Ruanda (Hutus x Tutsis) e externos desse país constituinte da África com o mundo (o descaso das grandes potências com a população humana da África).
Deixo abaixo um vídeo e a letra da música tema desse filme. Para refletir =)





A Million Voices - Ruanda's Soundtrack (Clique aqui para ver o vídeo)

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Ni dyar'izuba, Rizagaruga, Hejuru yadju,
Nduzaricyeza ricyeza.

[ When will the sun rise again?
Who will reveal it us again? ]
-----------------------------------

Rwanda, Rwanda,
Yeah Rwanda, Rwanda.

They said: 'Many are called and few are chosen,'
But I wish some wasn't chosen
for the blood spilling of Rwanda.

They said: 'Meshach Eshach and Abednego,
Drowned in the fire but you never get burned,'
but I wish that I didn't get burned in Rwanda.

They said: 'The man is judged according to his works,'
so tell me Africa, what's your worth?

There's no money, no diamonds, no fortunes
on this planet that can replace Rwanda…

Rwanda Rwanda

Yeah, Rwanda Rwanda

These are the cry of the children

Rwanda Rwanda

Anybody hear my cry?

If America, is the United States of America,
Then why can't Africa, be the United States of Africa?

And if England, is the United Kingdom,
Then why can't Africa unite all the kingdoms
and become United Kingdom of Africa?

Rwanda Rwanda, Rwanda Rwanda
Yeah, yeah.

These are the cries of the children, yeah.

Can anybody out there hear our cries?

Yeah, heavens cry ... Jesus cry.

Lord, did you hear us calling you?
Yeah, Rwanda Rwanda,

Lord, did you hear us calling?
Can you do something in Rwanda?

Rwanda Rwanda, Rwanda Rwanda

I'm talkin' 'bout Jesus; talkin' 'bout Rwanda Rwanda Rwanda

Talkin' 'bout … talk'n 'bout ... talk'n 'bout ... talk'n 'bout....
I wanna play my guitar for Rwanda..

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Nosso mundo para amar...




Um estudo do Program das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sobre as 22 nações da Liga Árabe, diz que a soma de seus habitantes é igual a 280 milhões, um pouco mais que os Estados Unidos. O PIB ( Produto Interno Bruto) de todos esses países arábes juntos é de US$ 531 bilhões, menor que o da Espanha com uma população de 40 milhões. A estagnação econômica árabe só perde para a África Subsaariana.
Para os pesquisadores da ONU, há três grandes déficits que mantém o mundo árabe aquém de seu potencial econômico e humano: liberdade, igualdade para as mulheres e conhecimento. Nenhum país arábe é uma verdadeira democracia.
Agora vem o mais triste, a utilização das capacidades da mulher no mundo árabe é a menor do mundo segundo o PNUD. "Toda a sociedade sofre quando a metade de seu potencial produtivo é asfixiada", afirma o estudo. As mulheres mantidas a distância da participação política e com menor acesso a educação, têm pouca chance de mudar o quadro. Cerca de 50% da população feminina árabe é analfabeta, indica duas vezes maior que entre os homens. Outro grave empecilho ao desenvolvimento é a falta de investimento em pesquisa e o acesso restrito à tecnologia.
Esses estudos sempre me tocam pois tenho conceitos sólidos de que a realização plena do potencial humano de cada indivíduo, dotado de um dom único, é resultado do seu bem-estar físico, emocional, intelectual e espiritual, e que esses quatro aspectos da existência estão sempre na dependência de coisas externas.
Sejamos caridosos com nossos irmãos árabes, eles precisam muito de nossas vibrações, dos nossos melhores sentimentos e energias, para que possam enxergar um pouco mais.

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dimensão


Eu escrevo nesse momento, para mim. Preciso tanto me escrever, tanto me falar. As vezes me pego numa distância tão grande de mim mesma, que decidi nesse instante dar um basta nessa situação. Eu quero sentir mais o que eu sinto, eu quero amar mais o que eu amo, eu quero ser mais o que eu sou. O tempo, inimigo e amigo número 1 da vida que me foi proporcionada, além de alguns sentimentos como o egoísmo que as vezes me cega. Lembrei-me nesse instante de uma parte de um livro chamado Um só caminho, do Ubiraci de Souza Leal, que fala sobre a Quarta dimensão: " Fisicamente falando, a quarta dimensão, em nossa época se explica pela teoria da relatividade de Albert Einstein. É o Espaço que pela ação do efeito gravitacional dos corpos celestes exixtentes, sofre distorções e essas distorções obedecem a um equacionamento que tem o fator tempo como componente. Ainda que as equações formuladas, as experiências realizadas em laboratório e as medições feitas na natureza provem a existência de uma quarta dimensão, este fato é de difícil compreensão e mais difícil percepção.

Dizer que a dimensão do Universo é de espaço-tempo, significa dizer que não se pode ter a noção de espaço, sem associá-la ao tempo e vice-versa. Entretanto, isso é o mesmo que não dizer nada para nós que vivemos na matéria, para nós que nos sensibilizamos pelas três dimensões da matéria, onde as equações e os fenômenos existentes sobre o nosso ponto de vista funcionam perfeitamente bem! Afinal, em que essa verdade afetará a minha vida? Será que eu, para evoluir, terei que compreender as leis da relatividade?

Se considerarmos as coisas simplesmente dentro aspecto matemático da física, evidentemente que não, mas, em termos de percepção dos fatos, tenho dúvidas, pois, se existe uma quarta dimensão, deve existir uma quinta dimensão, uma sexta e assim por diante. Para continuar a minha evolução espiritual eu não posso parar na percepção da matéria.

Pelo menos uma coisa, fisicamente falando, é possível de se entender dentro do conceito de quarta dimensão. Ela tem a ver com energia, está ligada diretamente com a matéria através da equação de E=mc², onde energia é igual à massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado."

Estranho é pensar estar perto da compreensão da quarta dimensão, e lembrar que durante a evolução passei pela compreensão da linha, da superfície, do espaço, ou seja, da primeira, segunda e terceira dimensão, e agora quarta (espaço-tempo) e nem ao menos me dar conta que durante do entendimento de cada dimensão, alguns sentimentos foram gerados conseqüentes de comportamentos do meu nível de percepção, e que estes continuam a a apoderar do meu ser até hoje. Quanto coisa desconheço do meu mundo e espero ansiosamente pela quinta dimensão, que dizem ser o da consciência tando como sentimentos supremos a intuição através da percepção exterior e o amor a nível de percepção interior.


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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Autoconhecimento


Resolvi postar hoje, por causa de um sentimento...


Durante o nosso caminhar pela Vida, aprendemos a viver com os mais variados sentimentos existentes à nossa disposição. Aprendemos a odiar e a gostar das coisas. Aprendemos a desejar e a repelir infinitas ações. A cada passo, os diversos sentimentos vão se modificando em nosso ser. Para uns, o orgulho, a vaidade, o ódio, etc. são como necessidades do bel prazer. Para outros, a humildade, o respeito e o amor são nutrientes necessários à vida.
Na realidade, tudo caminha para o aperfeiçoamento do ser, substituindo os sentimentos negativos pelos mais nobres. Assim, uns detestam e odeiam, outros não gostam e não suportam, outros são indiferentes e toleram, outros gostam e desejam, outros amam e doam. Não são pessoas nascidas e destinadas em cada uma dessas etapas. Mas são todas iguais, transformando seus sentimentos através da luta pessoal, passo a passo, um a um, derramando lágrimas e sorrindo em momentos felizes.
O amor, portanto, parece ser a etapa final da felicidade eterna. Dessa forma, não se pode sentir o pleno amor, sem antes burilar todos os sentimentos existentes nas esferas inferiores do próprio ser humano, quando de seu verdadeiro nascimento, ou seja, quando da sua criação.
Amar é algo sublime. Trata-se de dedicação, humildade, compreensão, trabalho no caminho do bem e da fraternidade e juntamente, não menos importante, a inexistência de todos os sentimentos negativos.
O amor entre duas pessoas não é diferente daquele individual. A única ressalva é a convivência existente no momento. E quanto maior for a capacidade de amar de cada um, maior será a força de união entre elas. União gerada pelo próprio amor mútuo, transformando na felicidade maior e no desejo cada vez maior de prolongar e eternizar no tempo. Esse estágio porém não se faz de um dia para o outro. É uma longa e árdua caminhada. Mas ela existe, independente se a desejamos ou não.
O amor entre dois é como uma orquestra com dezenas de instrumentos, cada qual tendo um papel importante na execução da música. Não há dois instrumentos tocados igualmente, pois há diferenças nos sentimentos de cada músico que passa para a sua melodia. A música bela e sublime deve ser ouvida em toda a sua plenitude de cada instrumento afinado e tocado por cada músico com amor, conforme o sentimento perfeito do compositor. Um único instrumento desafinado é capaz de não gerar a harmonia da beleza total, que somente poderá ser notado por aqueles que já estão no estado superior para poder sentir a presença de um único instrumento desafinado. Outros não notam nem mesmo a falta de muitos instrumentos desafinados e quanto maior for quantidade desses instrumentos, maior será a desarmonia da melodia. Assim, o amor verdadeiro entre duas pessoas, surge com a harmonia dos sentimentos puros entre elas. Isso colocado diante da eternidade, o amor pleno não resulta apenas entre dois, e sim, entre muitos, dependendo da convivência infinita, pois sempre viveremos em comunidade.
Essa analogia não é ainda suficiente, pois a matéria influi em nossa verdadeira compreensão. Mas precisamos afinar todos os nossos instrumentos, ou seja, todos os nossos sentimentos. E são muitos. E para afinar cada um deles, é preciso conhecer e aprender tudo sobre cada um deles e ir afinando-os um a um, passo a passo, e a cada um bem sucedido, o amor vai sendo sentido e ecoado, gerando mais felicidade ao Espírito, até que a felicidade plena e eterna seja alcançada.
Por: Raul Franzolin Neto.

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domingo, 26 de abril de 2009

Post cancelado

MEU TCC! Monografia! Preciso me formar!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Qual a diferença entre o santo e o moralista?


hahahahaha... gostei muito dessa pergunta e ainda mais da resposta!
A diferença é que o santo pecou e não quer pecar mais, e o moralista nunca pecou mas morre de vontade de pecar!
O Einstein nada tem a ver com a formulação dessa pergunta, muito menos com a resposta... Eu apenas, além de achar essa foto muito espontânea ( e muito fofinha! hihi), lembrei-me de uma citação dele: “Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.”
Dá pra refletir...

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domingo, 19 de abril de 2009

"Ser humano é lutar pela plenitude da vida." Frei Betto



Gostaria muito de dividir com vocês um encontro que foi realizado em Belém - Pará no fim de janeiro, pois recebi uma apresentação pelo e-mail e achei fundamental colocar a idéia aqui, pois vai de encontro com muito do que sinto, penso e defendo - O Fórum Social Mundial http://www.fsm2009amazonia.org.br/


Eu estava planejando ir, mas devido o comprometimento com algumas atividades não fui, mas estava lá de coração e principalmente em ideal.


"Ser humano é lutar pela plenitude da vida." Frei Betto

Um outro mundo é possível.

De 27 de janeiro a 1º de fevereiro de 2009, a cidade de Belém, Pará, sediou a nona edição do Fórum Social mundial. Um evento que contou com aproximadamente cem mil inscritos, provindos de mais de 160 países. Representantes de movimentos sociais, de tradições religiosas e espirituais, ONGs, intelectuais solidários, universitários, estudantes, cidadãos do mundo.
A confluência das mais variadas lutas em prol da dignidade humana. Cem mil mentes e corações em busca de caminhos para um outro mundo possível. Um outro mundo possível que comporte os sonhos da menina palestina e da menina brasileira. Um outro mundo possível onde sejam respeitados os direitos básicos da menina africana, da menina peruana e da menina afegã.

E dentre as tantas atividades realizadas durante o Fórum Social estavam as palestras proferidas pelo teólogo, professor e escritor Leonardo Boff ( homem este de extrema sensibilidade que me foi apresentado por dois amigos maravilhosos - minha ex professora de Educação Ambiental e pelo meu querido amigo ex-frei franciscano Wílson Simpa - que me presenteou três livros deste homem maravilhoso: A Oração de São Francisco - Uma mensagem de paz para o mundo atual, Espiritualidade - Um caminho de Transformação, Fundamentalismo - A Globalização e o Futuro da Humanidade).
Num dos encontros, cujo o tema era 'Diálogo com movimentos de Juventude pelo Meio Ambiente", ele se reuniu especificamente com os jovens. Estudantes, universitários, ativistas, sonhadores, em busca de um outro mundo possível. A enorme tenda mostrou-se pequena para abrigar todos os interessados por ouvir as suas palavras. Palavras de sabedoria, palavras de compaixão. E Leonardo Boff, iniciou a sua exposição falando sobre a crise financeira que assola o mundo. US$ 15 trilhões de dólares evaporados em questão de poucos dias, levando consigo imensas corporações, grandes bancos e tradicionais fábricas. E deixando para trás, em meio às frias estatísticas, as demissões em massa, o desemprego, a fome, o desespero, as lágrimas. Uma crise que não assolou a periferia, mas o coração do império. E Leonardo Boff lembrou que as artimanhas sutis do capital procurarão se refazer. Dirão - os economistas, as corporações transnacionais e os detentores do poder - que o capitalismo vive de crises, e que esta é mais uma crise cíclica. E tentarão nos empurrar mais do mesmo, mais consumo, mais conflitos, mais individualismo. Porém, a crise atual é terminal. O desafio não e remediar o que não tem conserto, mas buscar novas alternativas. O sistema atual, regido pelo capital e pelas leis do mercado, que, em sua natureza, é voraz, acumulador, depredador do meio ambiente, criador de desigualdades e sem sentido de solidariedade, atesta a sua própria falência.
Um sitema onde a cada quatro minutos uma pessoa perde a visão em decorrência da carência de vitamina A, declara o seu próprio fracasso. Um sistema onde a cada cinco segundos uma criança com menos de cinco anos morre de fome ou desnutrição atesta sua própria falência. Um sistema que crious desumanos sofrimentos e gritantes desigualdades. O sistema vigente, que tem como pilar um individualismo avassalador, demonstrou-se incapaz de assegurar o bem-estar da humanidade.

Um individualismo que se revela na linguagem cotidiana: O meu emrego, o meu salário, a minha casa, o meu carro, a minha família. Um sistema onde ninguém é levado a construir algo em comum, onde a competição, o acúmulo e a ostentação predominam em detrimento da solidariedade, da caridade e da compaixão. Um sistema onde as crianças aprendem tão cedo a conjugar o verbo COMPRAR, mas que desconhecem o que seja COMPARTILHAR.
Um sistema que incentiva o consumismo inconsequente e desenfreado, e que tanto cultua os bens materiais. uma cultura que dissemina compulsão e consumismo, que associa o produto a um conceito de felicidade. Um sistema que desconhece o amor, a caridade e a compaixão, e que se fez cego e surdo para o apelo do excluído, do necessitado.
O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença. Um sistema que por longas décadas alega não possuir recursos para promover a educação, a saúde e para aplacar a fome mundial, mas que tanto fasta com guerras, conflitos e com a indústria bélica, e que se mostra capaz de mobilizar em poucas horas três trilhões de dólares para socorrer bancos, montadores e corretoras, atesta seu próprio fracasso terminal.
Como foi que permitimos chegar a esse ponto? Quanto tempo ainda haverá de passar até que resgatemos a nossa humanidade perdida? Um punhado de farinha e água para enganar a fome, acrescido, nos dias de sorte, de um pouco de sal.
Além da crise financeira, no deparamos também com a crise ambiental. A falta de solidariedade que impera nossas relações sociais. E a falta de solidariedade com a Natureza. A ânsia pelo crescimento econômico, aliada ao consumismo compulsivo, resultou na dilapidação sem precedentes da Natureza. O atual modelo econômico fracassou contra a própria humanidade e contra o planeta. O bem-estar de todos e a preservação da Terra são sacrificados ao lucro de poucos. O consumo inconsequente aumentou o desperdício, a produção de lixo e os impactos ambientais. E poluímos mares e rios.
O desenvolvimento técnico-científico, dissociado da consciência ecológica, fez com que saqueássemos os recursos naturais numa escala sem precedentes. e a ruptura entre o trabalho e o cuidado fez com que o afã desmedido de produção se revertesse na ânsia incontida de dominação das forças da natureza. Os limites do capitalismo são os limites, tanto da Terra quanto do capitalismo. Já não mais podemos prosseguir com a perversa lógica do capital, baseada no acúmulo e no desperdício: "Quem não tem quer; quem tem quer mais; quem tem mais diz que nunca é suficiente". A lógica do capital que tanto incentiva o supérfluo, a ostentação e o desperdício. os atuais padrões de extração, produção e consumo, mostraram-se insustentáveis, além da capacidade de reposição e regenaração do planeta. A Terra está dando sinais inequívocos de que já não aguenta mais. Sinais como a escassez de água potável, e o aquecimento global. Sinais como as mudanças climáticas, que já começaram a afligir crescentes parcelas da população ao redor do planeta. A terra é um planeta pequeno, velho e limitado que não suporta um projeto de exploração ilimitada.
As crises financeira, climática, energética e outras, - todas elas nos remetem a crise do paradigma dominante. Precisamos de um novo paradigma de civilização porque o atual chegou ao seu fim e exauriu suas possibilidades. Projeções feitas por pesquisadores e cientista ambientais mostram que, se o consumo continuar no ritmo atual, em 2050 precisaremos de dois planetas Terra.
Qual o mundo que iremos deixar para as próximas gerações? Cultivar a solidariedade intergeracional, para com os que virão depois de nós. Eles também precisam satisfazer suas necessidades e habitar um planeta minimamente saudável. Buscar novos valores. Alimentar novas esperanças. Novos rumos e novos paradigmas. A interculturalidade, - o diálogo entre o chamado saber ocidental e o saber tradicional, milenar, a cosmovisão indígena. As tradições dos povos nativos falam do ser humano como jardineiro. Conforme ensinam tais tradições, o ser humano deve cultivar a Terra com cuidado e senso de justiça e estética. A proteção da vitalidade, diveridade e beleza da Terra é nosso dever sagrado. Devemos lançar um novo olhar sobre a realidade, adotar um novo paradigma de relacionamento com todos os seres.
O universo caminhou 15 milhões de anos para produzir o planeta que habitamos, essa admirável obra que nós, seres humanos, recebemos como herança, para cuidar como jardineiros, e preservar como guardiões fiéis. Somos todos interdependentes uns dos outros, coexistimos no mesmo cosmos e na mesma natureza.
Uma mesma fonte alimentadora, misteriosa e inominável, sustenta e confere vida a tudo que existe. O mesmo Sopro permeia toda a existência. A vida é milagre tão belo quanto curto, que deve ser cultivado como as flores mais belas. Como nunca antes na história o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Promover a ecologia do cuidado, que zela pelos interesses de toda a comunidade de vida. Coexistir com respeito, cooperação e harmonia com os demais moradores deste planeta, - animais, vegetais, seres humanos. A interculturalidade, o encontro com outras tradições, outras culturas, enriquece a nossa visão do mundo e da vida. Ter olhos para os que são diferentes. Ter ouvidos para a voz, as suas melodias, canções, histórias.
Habitamos todos uma Casa comum. Temos uma origem comum, certamente, um destino comum. As tantas flores, com suas cores e formas distintas. Diferenças superficiais, pois a terra que as nutre é uma. Um único Sopro as anima, conferindo-lhes significado, sentido e vida. O desafio do tempo presente é o de resgatar as utopias esquecidas, reescrever o noso sonho comum. Um único Sopro, uma única alma, uma mesma esperança. E em meio a agitada rotina da vida moderna, encontrar tempo para refletir sobre perguntas metafísicas. Ter ouvidos para a voz que fala em nós, que nos convosa a prática do bem e que diante de uma noite estrelada nos pergunta: "Quem sustenta e se esconde atrás daquelas estrelas?" A voz que, quando diante de um recém nascido, com respeito e admiração pergunta: "Quem foi que produziu essa vida?..." " Onde é que, no olhar da criança, começa o céu e acaba a terra?"
Pra terminar, segundo a sensibilidade de Albert Einstein que na minha opinião explica parte do paradigma dominante na sociedade atual enfatizado por Leonado Boff em sua explanação e conclui a humilde citação de Frei Betto no título deste post: "o ser humano vivencia a si mesmo, seus pensamentos,como algo separado do resto do universo numa espécie de ilusão de óptica de sua consciência. e essa ilusão é um tipo de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos a ao afeto apenas pelas pessoas mais próximas.Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão ampliando nosso circulo de compaixão para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá atingir completamente este objetivo mas, lutar pela sua realização, já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior."

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domingo, 5 de abril de 2009

"Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!". Mário Quintana


Muitas vezes, durante os meus 23 anos, 1 mês e 10 dias dessa vida, deixei passar alguns acontecimentos sem achar que eram importantes. Indiferença? Desatenção? Pode ser. Mas de alguns anos pra cá, mais precisamente 4 anos e alguns meses, instalei por orientação de amigos, um sininho ( que mais parece uma sirene) no meu consciente que me chama a atenção quando percebe que estou dormindo diante de todos os aspectos da vida. E percebi que mesmo quando o sino falha, o meu inconsciente me revela. Engraçado é que quando eu era mais nova, na adolescência eu tinha mania de acordar e anotar meus sonhos num caderninho (aprendi com minha amiga Milena) e hoje vejo que quando pego esse caderninho, e leio um sonho que posso ter tido há 7 anos atrás, todas as imagens, todo o sonho aparece bem nítido na minha mente. É incrível! Porque geralmente os sonhos que temos, muitas vezes não lembramos, ou se por ventura lembramos, esquecemos quando começamos a fazer alguma outra atividade. Talvez pelo fato de ter feito essas anotações, atualmente tudo (nem tudo claro, modo de falar só) que passa despercebido pelo meu consciente é revelado pelo meu inconsciente através dos sonhos. Existem dias que acordo com turbilhões de sentimentos que não entendo, e de repente quando paro para prestar a atenção vejo que era algo que eu devia ter me atentado e passou totalmente despercebido.

Mas o que isso tem a ver com a citação de Mário Quintana no título dessa postagem?
É que devido alguns acontecimentos do fim de semana, no sábado antes de dormir precisava falar ao coração de um amigo. E quando eu escrevia um pequeno bilhete direcionado a esse amigo (muito breve e simples, pois era tarde e no outro dia eu acoradaria às 7:00 am), eu tentava registrar a minha necessidade de que ele providenciasse uma abertura para que eu expressasse o que se passava dentro de mim. Mesmo ele não sabendo 1/10 do que havia no meu coração naquele momento, ele era a única pessoa que eu deveria falar. Eu estava com muitos sentimentos e pensamentos para os quais o meu sino estava tocando.
Eu acredito muito que quando há sintonia, há sincronia e estávamos e estamos sempre sintonizados. Dito e feito, o domingo foi cheio mas sobrou aquele último momento do dia em que eu o perguntei se eu podia passar em sua casa para dar-lhe um abraço. E meu amigo sempre com um sorriso feito de sol me presenteou com a oportunidade de abrir o meu coração.

E a partir disso, meu amigo através de sua sensibilidade, apresentou-me dois poemas que de acordo com a citação de Mário Quintana: "Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!", me fizeram perceber que para mim naquele momento eram os dois melhores poemas do mundo, pois leram a minha alma. Que todos possam mergulhar profundamente nesse mundo mágico que temos dentro nós!

Ditoso seja aquele que somente
Se queixa de amorosas esquivanças;
Pois por elas não perde as esperanças
De poder nalgum tempo ser contente.
Ditoso seja quem, estando ausente,
Não sente mais que a pena das lembranças;
Porque, inda que se tema de mudanças,
Menos se teme a dor quando se sente.
Ditoso seja, enfim, qualquer estado,
Onde enganos, desprezos e insenção
Trazem o coraçao atormentado.
Mas triste quem se sente magoado
De erros em que não pode haver perdão,
Sem ficar na alma a magoa do pecado.

Camões


Da mata no seio umbroso,
No verde seio da serra,
Nasce o rio generoso,
Que é a providência da terra.
Nasce humilde, e, pequenino,
Foge ao sol abrasador;
É um fio d'água, tão fino,
Que desliza sem rumor.
Entre as pedras se insinua,
Ganha corpo, abre caminho,
Já canta, já tumultua,
Num alegre burburinho.
Agora o sol, que o prateia,
Todo se entrega, a sorrir;
Avança, as rochas ladeia,
Some-se, torna a surgir.
Recebe outras águas, desce
As encostas de uma em uma,
Engrossa as vagas, e cresce,
Galga os penedos, e espuma.
Agora, indômito e ousado,
Transpõe furnas e grotões,
Vence abismos, despenhado
Em saltos e cachoeirões.
E corre, galopa. cheio
De força; de vaga em vaga,
Chega ao vale, larga o seio,
Cava a terra, o campo alaga...
Expande-se, abre-se, ingente,
Por cem léguas, a cantar,
Até que cai, finalmente,
No seio vasto do mar...
Mas na triunfal majestade
Dessa marcha vitoriosa,
Quanto amor, quanta bondade
Na sua alma generosa!
A cada passo que dava
O nobre rio, feliz
Mais uma árvore criava,
Dando vida a uma raiz.
Quantas dádivas e quantas
Esmolas pelos caminhos!
Matava a sede das plantas
E a sede dos passarinhos...
Fonte de força e fartura,
Foi bem, foi saúde e pão:
Dava às cidades frescura,
Fecundidade ao sertão...
E um nobre exemplo sadio
Nas suas águas se encerra;
Devemos ser como o rio,
Que é providência da terra:
Bendito aquele que é forte,
E desconhece o rancor,
E, em vez de servir a morte,
Ama a Vida, e serve o Amor!

Olavo Bilac

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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Vontade de escrever...


É, sempre me dá vontade de dividir pensamentos, mesmo que sejam dos mais simples.


Ultimamente eu estava muito poeta, escrevendo ( aliás tentando) sonetos, inspiradíssima! Eu tenho algumas teorias que explicam essa fase poeta na qual estou passando mas nenhuma é tão consistente quanto ao fato de eu ter ganhado um presente no meu aniversário.


Darin, um amigo que neste instante se encontra em São Francisco - USA, me enviou uma coleção de poemas do Federico García Lorca por sua paixão - Federico García Lorca - Collected Poems - A Bilingual Edition. E eu pequenina "nesse mundo de meu Deus", estava ensaiando ler esse presente com o coração muito aberto, afinal, o meu amigo Darin, toda vez que fala sobre Lorca, transparece lágrimas em seus olhos, extrema emoção. Também, poemas escritos por um homem que foi considerado mais perigoso com uma caneta do que com uma arma é realmente de se emocionar! Sí Lorca!


Mas então, agora pouco decidi dar uma olhada nessa coleção e quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa extremamente "viajante". Vou explicar por que. Abri numa página com o título: "Viñetas flamencas - Flamenco Vignettes", e então vários poemas que o Lorca escreveu sobre o flamenco e suas personalidades estavam lá. Pessoas como Silverio Franconetti, Juan Breva... Curiosa que sou, comecei a procurar sobre esses, sobre Café Cantante, entre outros e de repente eu já estava lendo sobre ciganos e sua cultura, assistindo vídeos de música flamenca e assim foi. Mas o que passa é que ao ler o que Lorca escrevia eu comecei a pensar o tanto de "coisas" que se passavam em sua mente no momento em que ele escrevia aquele poema (Retrato de Silverio Franconetti) pois nos momentos em que eu me sentia inspirada, para escrever um verso que seja, 1.000.000.000.000 de "coisas" passavam na minha cabeça, 1.000.000... de palavras se passavam em busca de uma rima, e de repente eu conseguia construir um poeminha pra uma amiga. O prazer que eu senti em tentar desvendar o que Lorca estava pensando no instante que ele escrevia, pode ser associado com o prazer daquele que busca entender simbologias, ou desenhos, ou sejá lá o que for que expressa sentimentos e te dá um mundo vasto a ser explorado. É a mesma coisa que se nesse instante ao invés de escrever o que estou escrevendo agora, eu fizesse um poema, ou desenhasse, ou pintasse, ou expressasse de qualquer outra forma... e alguem tentasse explorar aquilo que está por trás do que escrevi e a verdade fundamental estivesse fundamentada na minha mente. Queria saber quem seria a pessoa que chegaria mais próxima desse texto que acabo de escrever. Mas o mais mágico de tudo isso é que mesmo escrevendo através da minha verdade, o leitor, iria explorar o poema através do seu próprio mundo, da sua própria verdade, da sua própria perspectiva ou melhor do seu próprio ponto de vista. Então eu posso dizer que o prazer que eu senti desvendando Lorca, é o prazer que eu sinto em descobrir o meu próprio mundo.
Agora indo um pouco mais longe que na verdade é tão perto ao mesmo tempo, em se tratando de tudo ou nada, tudo é nada e nada é tudo, imagina tentar sentir esse "mundo de meu Deus". Quanta ousadia para uma pequenina... Mas imagina "O Criador" ou " Os Criadores" desse planeta Terra, dessa galáxia, e assim vai. Com todo respeito, quem quer seja, o que quer que seja, que esteja criando a todo momento, merece muito o meu respeito. E o mais incrível é que eu sou parte de tudo isso. Nós todos somos. Interligados? Conectados? Interdependentes? Irmãos? Cada um no seu devido lugar fazendo a sua parte. Se nós descobrirmos o nosso próprio mundo interior, estaremos aptos para conviver com outros mundos interiores e perceberemos a grandeza do mundo exterior que vivemos. Por que não assumir o nosso papel? Até uma célula é arte. Eu sou um conjunto de células! Olhe-se no espelho e perceba: você é uma obra de arte! É só se permitir.
E pra terminar eu deixo um trecho de uma música que partindo dessa pespectiva tem sentido: "Quando Deus te desenhou, ele estava namorando na beira do mar.." Quem sabe ele não estava mesmo? hehe... Um pouco difícil mas no mínimo ou no máximo, prefiro acreditar no máximo, ele estava inspirado.



Então é neste instante é que declaro por aberto o meu pequenino, fabuloso e relativo blog. Ah, o nome do blog foi a primeira coisa que veio na minha cabeça na hora de criar o blog. Que os psicólogos não tentem me analisar a partir disso, porque é relativo ou não.
Agora vou mimi. Como na noite anterior, e a anterior, irei até o meu quarto, pegarei o meu travesseiro e levarei até o quarto da minha mamãe.

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